Efeito da temperatura de compostagem na composição nutricional e migração de contaminantes em garrafas PET

A compostagem domiciliar em garrafas PET (politereftalato de etileno) pode ajudar a reduzir significativamente a quantidade de resíduos orgânicos gerados em ambientes urbanos, além de ser uma alternativa para espaços reduzidos. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da temperatura de compostagem na composição nutricional, bem como a migração de antimônio, aceltadeído e formaldeído para o composto produzido, uma vez que estudos apontam que as garrafas PET podem liberar essas substâncias, dependendo das condições de armazenamento. Foram montadas composteiras contendo 4 partes de resíduos orgânicos (cascas de frutas e legumes e restos de verduras); uma parte de terra; e uma parte de folhas secas, sendo mantidas a temperatura de 17 °C, 27 °C e 37 °C. No final do processo de compostagem, que durou aproximadamente 35 dias, o composto e o chorume produzidos foram coletados e realizadas análises de fertilidade e possível contaminação com antimônio e aldeídos. O composto produzido apresentou potencial condicionador do solo, com teores de pH e nitrogênio acima das concentrações mínimas previstas na legislação para fertilizantes orgânicos. Além disso, não apresentaram contaminação por antimônio independente da temperatura estudada e houve uma significativa redução das concentrações de formaldeído e acetaldeído no composto em relação ao material inicial, indicando que a compostagem em garrafa PET favoreceu a decomposição e/ou volatilização desses aldeídos no processo.