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MORALIDADE E RACIONALIDADE EM KANT E HABERMAS
Author(s) -
Anderson Alexandre Rodrigues,
José Joaquím Pereira Melo
Publication year - 2020
Publication title -
revista cesumar/revista cesumar
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2176-9176
pISSN - 1516-2664
DOI - 10.17765/1516-2664.2020v25n1p7-17
Subject(s) - philosophy , humanities , epistemology
A razão é o fundamento da moralidade, em Immanuel Kant e Jürgen Habermas. Assim, a ética para o primeiro é subjetiva, enquanto, para o segundo, é discursiva. Kant afirmará que a ação moral do indivíduo deve ser válida no âmbito universal, ao passo que, Habermas dirá que a ação moral deve ser submetida e aprovada pela comunicação entre os envolvidos. Dito de outro modo, o cumprimento do dever kantiano, isto é, o imperativo categórico; resulta-se em normas universais, de modo que, o agir comunicativo de Habermas é uma ação moral submetida à razão e ao consenso entre as pessoas pelo discurso. O pensamento habermiano se distanciará da teoria kantiana do seguinte modo: Habermas tomará como pressuposto a pós-metafísica e não a própria metafísica como no caso de Kant; Habermas seguirá o consenso entre as pessoas por meio da linguagem como criadora dos aspectos normativos e não o monológico kantiano; Habermas parte da realidade como fonte das discussões do certo e do errado e não da subjetividade de uma consciência humana – algo que era próprio de Kant e do idealismo alemão. Contudo, ambos se aproximam ao utilizar a razão como a norteadora das decisões corretas, sejam no âmbito da linguagem ou no aspecto da subjetividade de uma consciência idealista alemã. Além do mais, os dois usaram o critério da universalização, isto é, seja do indivíduo ao universal ou do consenso por meio da linguagem ao universal. Entretanto, Kant e Habermas são peças fundamentais no desenvolvimento da ética nos períodos: da modernidade e da contemporaneidade. Nesse sentido, diante dos avanços científicos e tecnológicos, as ideias kantianas e habermianas serviram como barreiras protetoras ante as atrocidades que o homem pudesse fazer com a própria humanidade. Conclui-se que, a moralidade e a racionalidade em Kant e Habermas são assuntos de grande relevância para os dias atuais.

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