
Biologia Molecular como ferramenta de detecção fúngica no sangue: auxílio diagnóstico e redução de gastos
Author(s) -
João Paulo Zen Siqueira,
Margarete Teresa Gottardo de Almeida
Publication year - 2018
Publication title -
archives of health sciences/arquivos de ciências da saúde
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2318-3691
pISSN - 1807-1325
DOI - 10.17696/2318-3691.25.3.2018.1127
Subject(s) - medicine , gynecology , microbiology and biotechnology , biology
Introdução: Os avanços médicos das últimas décadas contribuíram para aumentar a sobrevida de pacientes críticos e com a resposta imune comprometida. Consequentemente, a população em risco de adquirir infecções de origem fúngica também cresceu. Com altas taxas de morbidade e mortalidade, o difícil diagnóstico deste tipo de infecção, em conjunto com terapias ineficazes, gera elevados custos e sobrecarga ao sistema de saúde. Objetivos: Padronizar um método molecular de detecção fúngica diretamente do sangue e avaliar esta técnica comparativamente com a atualmente considerada padrão-ouro (hemocultura), associando aspectos clínicos, tempo de realização das técnicas e os custos envolvidos. Casuística e Métodos: Neste sentido, 94 pacientes com suspeita de infecção de corrente sanguínea foram submetidos a uma técnica de nested PCR para detecção de DNA fúngico. Resultados: A técnica molecular foi positiva em 48,9% das amostras, enquanto que a hemocultura foi positiva em apenas 13,0% dos casos. Esses resultados demonstram uma alta sensibilidade do nested PCR e com um valor preditivo negativo de 100% em pacientes com suspeita clínica de infecção fúngica sistêmica e em situações de risco. O tempo de realização do método e os custos associados a ele, em comparação à hemocultura, também demonstraram seu potencial para uso clínico. Conclusões: Em comparação com a hemocultura, o método padronizado de nested PCR constitui um teste rápido e economicamente viável capaz de descartar uma infecção sistêmica provocada por fungo, podendo facilitar o diagnóstico e evitar terapias ineficientes e caras, diminuir o tempo de internação e os impactos econômicos gerados por esse tipo de infecção.