A mulher sertaneja e o alto sertão sergipano: o uso da história oral no ensino de história

O presente artigo analisa possibilidades de uso da história oral no ensino de história, demonstrando a necessidade de ir além do livro didático nas aulas desta disciplina. Desta forma, este trabalho demonstra que as histórias de vida podem estar presentes na historiografia. O professor, enquanto responsável por sua sala de aula, pode dar visibilidade e legitimidade à história de homens e mulheres que há muito foram renegados historiograficamente. Levando em consideração a história do Sertão e da mulher sertaneja, objetivamos quebrar o olhar unilateral fomentado pela literatura e pelas mídias sociais. À luz das memórias de Maria J., com 53 anos de idade, moradora do Assentamento Florestan Fernandes, localizado em Canindé de São Francisco – SE, pretendemos demonstrar que o sertanejo e o Sertão são plurais. Para isso, foram utilizados como metodologia a história oral (entrevista) e a revisão de literatura. PALAVRAS – CHAVE: Metodologia de ensino, semiárido nordestino, gênero.