
Qualidade de vida de idosos hipertensos e diabéticos da comunidade: um estudo observacional
Author(s) -
Jéssica Eidler da Silva Borges,
Aquiles Assunção Camelier,
Luís Vicente Franco de Oliveira,
Glauber Sá Brandão
Publication year - 2019
Publication title -
revista de pesquisa em fisioterapia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2238-2704
DOI - 10.17267/2238-2704rpf.v9i1.2249
Subject(s) - medicine , gerontology , quality of life (healthcare) , nursing
INTRODUÇÃO: O envelhecimento da população brasileira provocou modificações no perfil das morbidades, aumentando as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), principalmente hipertensão e diabetes, interferindo na qualidade de vida. OBJETIVO: Avaliar a qualidade de vida de idosos hipertensos e diabéticos da comunidade, analisar suas correlações e caracterizar o perfil desses idosos. MATERIAIS E MÉTODO: Estudo observacional, transversal, com 108 idosos da comunidade com 60 anos ou mais. Na coleta de dados, aplicaram-se questionários sociodemográficos, antropométricos, de morbidades, avaliação do comprometimento cognitivo, por meio do Mini Exame do Estado Mental, e da qualidade de vida por meio do WHOQOL-OLD. Os dados foram submetidos à estatística descritiva, análise de variância para comparação de médias entre os grupos e correlação de Pearson para testar a associação da qualidade de vida com o quantitativo de DCNT. RESULTADOS: A média de idade foi 70±6 anos, predominância do sexo feminino (85,2%); baixa escolaridade (75,8%); baixa renda (51,9%); morando com familiares (80,6%) e casados (46,3%). Em relação às DCNT, 37,0% eram hipertensos, 18,5% diabéticos e 14,8% tinham associação das duas. Os idosos sem DCNT apresentaram médias do WHOQOL-OLD maiores que os demais grupos com pelo menos uma DCNT e houve correlação negativa da quantidade de DCNT e a qualidade de vida. CONCLUSÃO: DCNT influenciam negativamente a qualidade de vida dos idosos, sendo que idosos sem DCNT apresentaram melhor qualidade de vida, comparados aos hipertensos, diabéticos ou com associação de ambas e, o medo de morrer foi a variável que apresentou maior interferência na qualidade de vida dos idosos.