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Desafios dos alunos com deficiência visual no ensino superior: um relato de experiência
Author(s) -
Eduardo Gauze Alexandrino,
Daiane de Souza,
Adriane Behring Bianchi,
Regiane da Silva Macuch,
Sônia Maria Marques Gomes Bertolini
Publication year - 2016
Publication title -
cinergis
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2177-4005
pISSN - 1519-2512
DOI - 10.17058/cinergis.v18i1.8076
Subject(s) - humanities , philosophy
O desenvolvimento histórico da Educação Especial e Inclusiva no Brasil é repleto de desafios e contradições entre a legislação, recursos e execução. Objetivo: investigar as dificuldades que uma ex-aluna, portadora de deficiência visual grave vivenciou durante a graduação em uma instituição de ensino superior pública. Método: trata-se de um estudo de caso descritivo-exploratório de caráter qualitativo. Como procedimento de coleta de dados foi realizada uma entrevista semiestruturada composta de nove questões relacionadas às experiências na infância, no ensino fundamental e no ensino superior, com ênfase nas amizades e dificuldades encontradas neste último período. Resultados: são muitas as dificuldades que um aluno portador de deficiência visual pode encontrar, durante o crescimento e na trajetória acadêmica. Dentre as citadas pela amostra, destacam-se a falta de materiais de estudo e avaliação adequada (braile), falta de acessibilidade no prédio da instituição, falta de comunicação entre os docentes e funcionários da universidade para resolução dos problemas, bem como a falta de compreensão e medidas da gestão para melhorar o atendimento educacional da aluna. Observou-se, no relato da ex-estudante que o diagnóstico dos recursos disponíveis e capacitação docente configuram-se como alicerce para garantir acesso, permanência e desenvolvimento no processo de ensino-aprendizagem de alunos com deficiência visual em instituições do ensino superior. Considerações finais: sugere-se, que as instituições de educação ampliem as discussões sobre o currículo e produção do conhecimento, bem como, criem setores responsáveis para avaliar a acessibilidade do espaço físico, conselhos de acompanhamento do aluno matriculado, da mesma forma que ofereçam cursos de capacitação contínua para os docentes e equipe técnica sobre didática e interpretação da legislação vigente sobre Educação Inclusiva.