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Representações sociais de “pobreza” e “bolsa família” para mulheres beneficiárias de programas de transferência de renda
Author(s) -
Camila Maffioleti Cavaler,
Marieli Mezari Vitali,
Maiara Landro,
Luiz Felipe Andrade Quadros,
Amanda Castro,
Jacks Soratto
Publication year - 2020
Publication title -
barbarói
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1982-2022
pISSN - 0104-6578
DOI - 10.17058/barbaroi.v0i57.14975
Subject(s) - humanities , political science , sociology , philosophy
A presente pesquisa objetivou identificar as representações sociais da pobreza e do bolsa família para mulheres beneficiárias de programas de transferência de renda de um município do Sul de Santa Catarina. Participaram deste estudo 26 mulheres, selecionadas por amostragem por conveniência. Fez-se uso do teste de associação livre como instrumento de coleta de dados. As participantes escreveram as cinco primeiras palavras que surgiam à mente a partir do termo indutor “pobreza” e “bolsa família”. Os resultados foram submetidos à análise de similitude e prototípica por meio do software IRaMuTeQ. Quanto ao termo indutor pobreza aparece como possível elemento central a palavra “fome”, seguida dos elementos “miséria”, “dificuldade” e “tristeza”; mostrando que a multidimensionalidade da pobreza e os efeitos simbólicos que não estão necessariamente atrelados ao capital monetário. No que se refere ao termo indutor “Bolsa Família”, o possível núcleo central é o elemento “ajuda” seguido dos elementos “benefício”, “importante”, “comprar”, “escola”, “água”, “comida”, “renda” e “assistência”. Tal representação demonstra a perspectiva assistencialista das beneficiárias acerca do Programa. Os resultados apontam que os programas de transferência de renda têm pautado suas estratégias de enfrentamento a pobreza em políticas unidimensionais, que priorizam o valor monetário em detrimento de garantias sociais. Além disso, salienta-se que apesar de necessários para garantir condições mínimas de dignidade para a população, os programas de transferência de renda têm pouco potencial de mudança nas estruturas de sociais, tendo em conta, o baixo valor monetário oferecido aos beneficiários.

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