
Construindo a “Picada”: colonização florestal, capital social e obrigações comunitárias em Picada Felipe Essig, Travesseiro/RS
Author(s) -
Eduardo Relly
Publication year - 2018
Publication title -
ágora
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1982-6737
pISSN - 1414-0454
DOI - 10.17058/agora.v20i1.11643
Subject(s) - humanities , sociology , art
A picada teuto-brasileira se constituiu historicamente a partir das colonizações florestais realizadas por comunidades oriundas da Europa de língua alemã ou de seus descendentes diretos. Neste sentido, o discurso sobre os assentamentos rurais teuto-brasileiros assumiu na historiografia uma dimensão que realçava os aspectos autossuficientes, comunitários e isolados destas mesmas comunidades diante da sociedade brasileira. Este artigo propõe repensar estas assertivas colocando em causa esta perspectiva a partir da teoria de capital social em contexto pré-modernos. Utiliza-se a Picada Felipe Essig/RS como estudo de caso para a verificação empírica dos pressupostos teóricos acima expostos. Logo, a picada teuto-brasileira aparece como uma expressão cultural atualizada do contexto de aldeia centro-europeia e surge como uma forma de organização social que embora mostre inúmeros conflitos em seu interior, apresenta, ao mesmo tempo, vetores de cooperação e institucionalização comunitária que pretenderam diminuir as complexidades do novo ambiente colonizado.