
O grotesco como estratégia de afirmação da produção pictórica feminina
Author(s) -
Giulia Crippa
Publication year - 2003
Publication title -
revista estudos feministas
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
SCImago Journal Rank - 0.304
H-Index - 16
eISSN - 1806-9584
pISSN - 0104-026X
DOI - 10.1590/s0104-026x2003000100007
Subject(s) - humanities , art , psychology
Uma proposta de leitura de gênero da produção artística feminina durante a fase do Modernismo através de elementos comuns entre artistas como Tarsila do Amaral, Frida Kahlo, Tamara de Lempicka e Georgia O'Keeffe, apesar da dimensão individual de cada uma, a partir da categoria de grotesco em sua definição estética. O grotesco, em sua expressão histórica e de gênero, aparenta ser um aspecto da linguagem comum utilizada pelas mulheres, em uma definição de estratégia voltada para um reconhecimento perante a crítica e o mercado. Se, de um lado, a tradição visual e decorativa remete a um 'feminino idealizado', potencialmente esperado, por outro, o grotesco, como meio de quebrar a realidade que se pretende racional e coerente, associado historicamente aos movimentos anticlássicos, fornece uma abertura para uma expressão sexuada e anticonformista das artistas. A proposal of gender interpretation of female artistic production during the so called Modernism, based on common elements in Tarsila do Amaral's, Frida Kalho's, Tamara de Lempicka's and Georgia O'Keeffe's art works, without denying their individual dimension, built upon the esthetic definition of grotesque. Grotesque, in its gender and historical expression, seems to represent a face of the common language used by women, trying to meet a strategy in order to be recognized by critics and markets. Though, at one side, visual and decorative tradition set the "idealized feminine", on the other side grotesque, as a way of breaking reality as rational and coherent, historically related to anti-classic movement, offers an opening to a sexuated and non-conformist expression to female artists