z-logo
open-access-imgOpen Access
Transplante cardíaco ortotópico: experiência na Universidade Federal de São Paulo
Author(s) -
João Nelson Rodrigues Branco,
Carlos Alberto Teles,
Luciano de Figueiredo Aguiar,
Getúlio Vargas,
M. A. Hossne,
José Carlos S Andrade,
A. C. C. Carvalho,
Énio Buffolo
Publication year - 1998
Publication title -
brazilian journal of cardiovascular surgery
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1678-9741
pISSN - 0102-7638
DOI - 10.1590/s0102-76381998000400002
Subject(s) - medicine , gynecology , surgery
Foram realizados no período de novembro de 1986 a abril de 1997, 92 transplantes ortotópicos, com receptores na faixa etária de 3 a 63 anos (média de 44,9 anos). Os diagnósticos pré-operatórios foram de miocardiopatia dilatada em 42 (44,6%) pacientes, isquêmica em 23 (25,0%), chagásica em 21 (22,8%), valvar em 3 (3,2%) e outras miocardiopatias em 3 (3,2%) pacientes. A técnica operatória empregada (Lower e Shumway, em 1960) foi satisfatória e sem complicações. O tempo de isquemia - mais longo nos transplantes com captação à distância - foi sempre inferior a quatro horas. As complicações relacionadas ao uso crônico de imunossupressores foram, principalmente, hipertensão arterial (84,6%), hiperuricemia (75,4%) e dislipidemia (63,0%). Quanto às infecções, houve predomínio das virais, com 42 (45,6%) casos, seguidas das bacterianas, com 35 (38,0%) casos, e das por protozoários, com 15 (16,3%) casos. Dentre as infecções bacterianas, sete foram do sítio cirúrgico, com boa evolução. Das infecções por protozoários, sete (46,6%) forma por reativação do Trypanosoma cruzi. A mortalidade geral nos primeiros 30 dias do pós-operatório foi de 17,3% e teve, como principais causas: infecção, complicações neurológicas e rejeição. Após esses 30 dias e até o primeiro ano, houve 10 (10,3%) óbitos, com predomínio de rejeição e infecção como causas. Após o primeiro ano de pós-operatório, houve 13 (14,0%) falecimentos, por causas diversas, como: morte súbita, infecção, rejeição, além de outras. A curva actuarial mostrou no 1º, 2º, 3º, 4º, 5º e 6º anos uma sobrevivência de receptores de 71,6%, 66,6%, 60,5%, 54,4%, 54,4%, 54,4%, respectivamente. Não houve perda de seguimento de paciente, e os sobreviventes até a conclusão do trabalho encontravam-se bem, todos em classe funcional I da NYHA. Os autores concluem que é possível a realização de transplante cardíaco em nossa comunidade com sobrevivência e taxa de complicações pós-operatórias aceitáveis, porém diferentes das estatísticas internacionais. From November, 1986 to April, 1997; 92 orthotopic heart transplants were performed, with recipient mean age of 44,9 years (range 3 to 63 years). Recipient diagnoses included dilated cardiomyopathy in 42 (44.6%) ischemic cardiomyopathy in 23 (25%), Chagas disease in 21 (22.8%), valve disease in 3 (3.2%) patients. The surgical technique used (described by Lower e Shumway, in 1960, with minor modification) was satisfactory and without complication. Graft ischemic time - Longer in heart transported from other institutions compared to side-by-side transplantation - was always less than 4 hours. The most common chronic complications of immunosuppressive therapy were: arterial hyperthension (84.6%), hyperuricemia (75.4%) and hypercholesterolemia (63%). Regarding infections, viral were the most common ones with 92 (45.6%) followed by bacterial with 35 (38.0%), and protozoal with 15 (16.3%) cases. Among bacterial infections, 7 occurred in the surgical wound, with good evolution. Among those infections caused by protozoal, 7 (46.6%) were due to Trypanossoma cruzi. The overall mortality rate within 30 days of transplantation was 17.3%, with infection, neurologic complications and rejection as major causes. From 30 days to 1 year of transplantation, the mortality rate was 10.3%, with infection and rejection as primary causes. And after one year post-transplantation, the mortality rate was 14%, with several different causes: sudden death, infection, rejection and others. The actuarial survival estimates at 1, 2, 3, 4, 5, and 6 years were 71.6%, 66.5%, 60.5%, 54.4%, 54.4% and 54.4%, respectively. There were no follow-up losses, and all the surviving patients are in functional type I of the NYHA. Cardiac transplantation procedure is possible in our community with accetable survival and post-operative complication rates acceptable, even though different from international statistics

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here