
TROCAS GASOSAS E RELAÇÕES HÍDRICAS EM LARANJEIRA 'VALÊNCIA' ENXERTADA SOBRE LIMOEIRO 'CRAVO' E TRIFOLIATA E SUBMETIDA À DEFICIÊNCIA HÍDRICA
Author(s) -
Camilo Lázaro Medina,
Eduardo Caruso Machado
Publication year - 1998
Publication title -
bragantia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
SCImago Journal Rank - 0.449
H-Index - 32
eISSN - 1678-4499
pISSN - 0006-8705
DOI - 10.1590/s0006-87051998000100002
Subject(s) - horticulture , rootstock , biology
Em citros, diferentes porta-enxertos podem afetar a tolerância da planta à deficiência hídrica. Neste trabalho, avaliaram-se, sob condições controladas, as taxas de assimilação de CO2 (A) e de transpiração (E), a condutância estomática (gs), a eficiência no uso da água (WUE), o potencial da água na folha (Yl) e o conteúdo relativo de água (RWC), em mudas de laranjeira 'Valência' sobre os porta-enxertos limoeiro 'Cravo' e Poncirus trifoliata (Trifoliata) submetidas à deficiência hídrica. As mudas foram cultivadas em vasos e a deficiência hídrica, aplicada pela suspensão da irrigação. Não houve decréscimo em A, E, WUE, Yl e RWC nas plantas quando o potencial da água no substrato (Ysb) esteve acima de -0,04 MPa, mostrando valores semelhantes entre os tratamentos. Para Ysb abaixo de -0,05 MPa, contudo, além de ter ocorrido queda nos valores de A, E, WUE, gs e Yl, as plantas sobre os dois porta-enxertos apresentaram respostas diferentes. As plantas sobre 'Cravo' iniciaram a queda em A, WUE e Yl um dia antes que as plantas sobre Trifoliata e levaram dois dias mais para se recuperarem. Em Ysb de -0,13 MPa, A atingiu 4,1 mmol/m2.s para o tratamento Trifoliata e 1,8 mmol/m2.s para o 'Cravo'. Os valores mínimos de A foram atingidos em Ysb de -0,23 MPa, sendo de 1,0 mmol/m2.s para o 'Cravo' e 2,0 mmol/m2.s para o Trifoliata. A manutenção de maiores valores de A, gs, WUE e Yl, em condições de limitação ao desenvolvimento do sistema radicular, sugeriu maior tolerância à deficiência hídrica de laranjeira 'Valência' enxertada sobre Trifoliata que sobre 'Cravo', em plantas em vasos. Different rootstocks may influence orange tree tolerance to water stress. Under controlled conditions and water deficit, CO2 assimilation rate (A), transpiration rate (E), stomatal conductance (gs), water use efficiency (WUE), leaf water potential (Yl) and relative water content (RWC), were analysed, in potted 2 years old 'Valencia' orange trees grafted on 'Rangpur' lime and Poncirus trifoliata (Trifoliata), rootstocks. There was no decrease in A, E, WUE, Yl and RWC when the substrate water potential (Ysb) was above -0.04 MPa. However, when Ysb was bellow -0,05MPa, plants grafted on both rootstocks showed different responses. In plants 'Rangpur' A, WUE and Yl started lowering one day before plants on Trifoliata and delayed two days to recover. When Ysb =-0.13MPa, A reached 4.1 mmol/m2.s and 1.8 mmol/m2.s to Trifoliata and 'Rangpur' treatments, respectively. The minimum values of A when Ysb = 0.23MPa were 1.0 and 2.0 mmol/m2.s in 'Rangpur' and Trifoliata, respectively. Maintenance of the highest values of A, gs, WUE and Yl suggested that 'Valencia' orange tree grafted on potted Trifoliata showed a higher tolerance to water stress than that grafted on 'Rangpur'