"Na mais ilustre de todas as cidades, tão miserável tipografia": antiquariato, imprensa e epigrafia a partir de André de Resende (c. 1500-1573)

Este estudo procura compreender a relação entre a prática antiquária na Idade Moderna e a introdução da imprensa através do trabalho do humanista português André de Resende. Partindo tanto da história do livro quanto da história da historiografia, busca-se entender como a permanência dos manuscritos, as dificuldades técnicas relacionadas à impressão e as limitações dos próprios antiquários faziam um conjunto de circunstâncias técnicas se tornarem problemas teóricos. Procura-se, então, problematizar a distinção proposta pelo historiador italiano Arnaldo Momigliano entre fontes “literárias” e “não-literárias” através de uma atenção mais detalhada aos procedimentos de estudo e comunicação dos antiquários modernos.