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O êxodo é (ainda) um paradigma político de libertação? Algumas suspeitas filosóficas e teológicas desde junho de 2013
Author(s) -
Daniel Santos Souza
Publication year - 2020
Publication title -
estudos de religião
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2176-1078
pISSN - 0103-801X
DOI - 10.15603/2176-1078/er.v34n2p397-429
Subject(s) - humanities , philosophy
As teologias latino-americanas da libertação foram construídas a partir do paradigma do êxodo. Embora alguns teólogos, como Gustavo Gutiérrez (1987), tenham proposto outras aproximações paradigmáticas, é sobre o esquema opressão-libertação que se organiza majoritariamente esse método teológico, esse modo de viver uma espiritualidade, esse modo de imaginar Deus e ensaiar projetos políticos. Retomar esse paradigma me parece importante para repensarmos os projetos históricos e as suas relações com o estado-nação no contexto da América Latina. Por isso, em um exercício de revisão das teologias da libertação, apresento nesse artigo a possibilidade de se repensar esse paradigma a partir das inquietações provocadas pelos acontecimentos de junho de 2013 no Brasil, colocando em questão algumas marcas centrais no êxodo como paradigma de libertação: o soberano (como modelo de Deus), o povo-nação, a posse da terra como projeto, o pobre como sujeito histórico, o opressor como o ídolo e a operatividade como prática.

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