
O Projeto Crítico em Schelling, Tillich e Goodchild
Author(s) -
Daniel Whistler
Publication year - 2021
Publication title -
correlatio
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1677-2644
DOI - 10.15603/1677-2644/correlatio.v19n2p155-182
Subject(s) - philosophy , humanities , transcendental number , theology , epistemology
O artigo procura estabelecer as condições e os elementos de uma teoria genuinamente crítica no estudo da religião: a partir de onde se crítica? Isso é, qual é o discurso ideal a partir do qual se pode embarcar no projeto crítico? Qual é o gênero da crítica? Se a crítica é inerentemente teológica, mas estruturada filosoficamente, são aqueles que criticam filósofos, teólogos ou críticos propriamente ditos (κριτικόι)? a crítica das religiões e a reorientação da preocupação última é um ethos, uma ética do pensamento. O autor delinea esse ethos através de três manifestações de uma tradição distinta, ainda que subexplorada, de teologia radical, que atravessa Schelling, Tillich e Goodchild. O que os três têm em comum é o compromisso de atender àquilo que mais importa (piedade ou preocupação última) e a um projeto de crítica que radicalize a definição kantiana de transcendental a fim de chegar àquilo que escapa ao pensamento de Kant - os valores incondicionais ou "teológicos mais profundos" que orientam a existência pessoal.[1] A obra de Lacoue-Labarthe e Jean-Luc Nancy a partir do final dos anos 70 também é impulsionada por essa pergunta (p. ex., LACOUE-LABARTHE e NANCY, The Literary Absolute: The Theory of Literature in German Romanticism, trans. Philip Bernard and Cheryl Lester. Albany: SUNY Press, 1988.