Percepção da qualidade de vida em escolares do ensino médio da cidade de Fortaleza, Ceará

Introdução: Os avanços da tecnologia estão influenciando a maneira de se comportar e de se relacionar dos indivíduos, modificando o estilo e qualidade de vida (QV) destes. Objetivo: Analisar a percepção da qualidade de vida em escolares da cidade de Fortaleza, Ceará. Métodos: Estudo de delineamento transversal e natureza quantitativa realizado com 14.348 escolares (53,1% do sexo masculino; 13 >18 anos), matriculados em 123 escolas da rede pública estadual de ensino da cidade de Fortaleza. Para a análise da percepção da qualidade de vida os escolares responderam a uma pergunta objetiva. Inicialmente, visando verificar se existia um relacionamento entre determinadas variáveis (sexo, faixa etária, prática de atividade física) e a percepção da qualidade de vida, recorreu-se ao teste do qui-quadrado. Todos os dados foram realizados com o auxílio do programa SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) for Windows versão 21.0 que também auxiliou na análise descritiva. O nível de significância foi determinado em 5% (p < 0,05). Resultados: Participaram do estudo 14.348 adolescentes, sendo 7.620 (53,1%) do sexo feminino. A maior parte da amostra tinha idade entre 16 a 18 anos (65,0%) e cursavam o 1º ano (41,9%). 43,7% pertenciam ao turno da tarde, 78,7% participavam das aulas de educação física e 79,9 % dos adolescentes não trabalhavam. Em todos os fatores associados (sexo, idade e prática de atividade física) à percepção, a maior parte da amostra afirmou possuir uma boa qualidade de vida. Conclusão: Os resultados obtidos com a realização deste estudo permitiram inferir que, de maneira geral, não há diferença entre os gêneros, faixa etária ou prática de atividade física para percepção da QV de estudantes. Em adição, as atividades de educação em saúde no ambiente escolar são práticas de promoção da saúde indutoras de processos de transformação coletiva que incidem sobre as condições de vida da população.