Efeitos fisiológicos do ortostatismo passivo em unidade de terapia intensiva: revisão sistemática

Introdução: Pacientes críticos internados em unidade de terapia intensiva (UTI), sob ventilação mecânica (VM) invasiva, são expostos a síndrome do imobilismo. O ortostatismo passivo, assistido ou ativo foi um dos recursos utilizados para o tratamento dos pacientes internados em UTI. Objetivo: Analisar e sistematizar as respostas hemodinâmicas agudas de pacientes críticos submetidos ao ortostatismo passivo em prancha ortostática em unidade de terapia intensiva adulta. Métodos: Tratou-se de um estudo de revisão sistemática de literatura com pesquisas nas bases de dados Cochrane, SciELO, PEDro e PubMed, no período de 2011 a 2020, por meio das palavras-chave: posição ortostática “standing position”, teste da mesa inclinada “tilt-table test”, unidade de terapia intensiva “intensive care unit”, fisioterapia “physical therapy”, mobilização precoce “early mobilization” e dos termos: prancha ortostática “orthostatic board” e ortostatismo passivo “passive orthostatism”. Resultados: Foram identificados quatro artigos que incluíram 107 pacientes internados em UTI, predomínio do sexo feminino e de utilização da VM em vias aéreas artificiais. Os protocolos de ortostatismo passivo foram heterogêneos entre os estudos no que se referem a tempo de permanência, graus de inclinação e número de sessões. Conclusão: A análise dos estudos identificados demonstrou que o ortostatismo passivo provocou melhora do nível de consciência, alterações hemodinâmicas como hipotensão ortostática, hipoxemia, taquicardia e hipertensão arterial, transitórias e alterações respiratórias caracterizadas por aumento da força muscular inspiratória, capacidade vital e volume corrente.