
Nós temos livre-arbítrio?
Author(s) -
Ângelo Roberto Ilha da Silva,
Daison Nelson Ferreira Dias
Publication year - 2021
Publication title -
veritas
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1984-6746
pISSN - 0042-3955
DOI - 10.15448/1984-6746.2021.1.38524
Subject(s) - humanities , art , philosophy
Adotei uma abordagem experimental para essa questão. Atos de vontade livre são precedidos por uma mudança elétrica específica no cérebro (readiness potential, RP)3, que inicia 550 milissegundos antes do ato. As pessoas tomaram consciência da intenção de agir 350-400 milissegundos depois do início do RP e 200 milissegundos antes do ato motor. O processo volitivo é, portanto, iniciado inconscientemente. Mas a função consciente ainda poderia controlar o resultado; pode vetar o ato. O livre-arbítrio não é, portanto, excluído. Essas descobertas impõem restrições às visões de como o livre-arbítrio pode operar; não faria iniciar um ato voluntário, mas poderia controlar a realização. As descobertas também afetam perspectivas de culpa e responsabilidade.