z-logo
open-access-imgOpen Access
Os pressupostos românticos de Hannah Arendt em Eichmann em Jerusalém
Author(s) -
Gabriel Guedes Rossatti
Publication year - 2018
Publication title -
veritas
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1984-6746
pISSN - 0042-3955
DOI - 10.15448/1984-6746.2018.1.27825
Subject(s) - philosophy , humanities
O propósito deste artigo é trazer à luz os pressupostos românticos que animam o livro de Hannah Arendt de título Eichmann em Jerusalém. De maneira a fazê-lo, explorarei (para além de uma breve introdução) na parte II a concepção romântico-alemã de “cultura” enquanto formação subjetiva da alma (trata-se do conceito de “Bildung”); após isso, abordarei na parte III determinadas teses de cunho romântico articuladas por diferentes pensadores do século XIX (Mill, Kierkegaard, Arnold e Nietzsche) relativas ao processo de massificação e, no seu entender, ao esvaziamento dos indivíduos na modernidade; por fim, na parte IV, a sutil reelaboração arendtiana de várias dessas teses. Argumentarei, portanto, que o conceito romântico de “cultura” opera como premissa central na interpretação que Arendt fez do criminoso nazista Otto Adolf Eichmann. Eichmann, em suma, teria cometido os crimes que cometeu por não ter sido formado, cultivado, como um verdadeiro ser humano.

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here