z-logo
open-access-imgOpen Access
Operações sociais da mente
Author(s) -
André Leclerc
Publication year - 2010
Publication title -
veritas
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1984-6746
pISSN - 0042-3955
DOI - 10.15448/1984-6746.2010.2.10236
Subject(s) - philosophy , opera , humanities , art history , art
Thomas Reid introduziu a noção de operação social da mente na teoria da mente e da linguagem. Sseu amigo James Gregory desenvolveu essa noção no contexto da Gramática Uuniversal clássica, particularmente na teoria geral dos modos verbais. A gramática filosófica clássica, antes de Reid e Gregory, pressupõe inter alia que a mente é “autocontida” (self-contained); em outras palavras, que os conteúdos e as operações mentais independem do ambiente natural e social. Algumas dessas operações têm uma estrutura em modus/dictum que corresponde, grosso modo, à distinção atual entre modo psicológico e conteúdo mental conceitual, análoga à distinção entre força ilocucionária e conteúdo proposicional e que se reflete parcialmente no sistema de modos verbais nas línguas naturais. A famosa Gramática de Port-Royal já indicava uma limitação importante desse modelo de mente autocontida: “Oon ne se commande pas proprement à soi-même”, escrevem Arnauld & Lancelot (“Não se ordena propriamente a si mesmo”). Defenderei que Reid percebeu que o individualismo não permite capturar os aspectos sociais da linguagem e, por isso, viu a necessidade de apresentar uma concepção de mente diferente, anti-individualista. A noção de operação social da mente é a peça fundamental da reforma empreendida por Reid em filosofia da mente. Ademais, ele e Gregory defenderam que as linguagens se formaram particularmente para expressar esses aspectos sociais da linguagem e da mente.

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here