
Pensar a substância em Francisco Suárez – a respeito da <i>Disputatio Metaphysica</i> XXXIII
Author(s) -
Norbert Brieskorn Sj
Publication year - 2009
Publication title -
veritas
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1984-6746
pISSN - 0042-3955
DOI - 10.15448/1984-6746.2009.3.6421
Subject(s) - philosophy
Francisco Suárez (1548-1617) publicou em 1597 sua obra-prima em metafísica, as Disputationes metaphysicae. Na trigésima terceira Disputa – o objeto deste artigo – Suárez defende primeiramente a substância sobtrês aspectos: como “ens per se” (uma entidade independente), como o que permanece no tempo, e como o suporte fundamental de acidentes. Secundariamente, ele utiliza três distinções com o objetivo de articular a noção de substância: substâncias completas e incompletas, substâncias perfeitas e imperfeitas, e a distinção entre substância primeira e substância segunda. Uma gota d’água, por exemplo, é uma primeira substância completa, mas relativamente imperfeita. Em comparação com ela, a alma humana é uma primeira substância incompleta, mas mais perfeita. A regra é: quanto mais perfeita, tanto mais incompleta. Por trás dessas distinções, Suárez elabora um aspecto dinâmico da substância. A abordagem é aristotélica, sem incluir aspectos de filosofia social ou filosofia existencial.