z-logo
open-access-imgOpen Access
O (mau) gosto e o grotesco
Author(s) -
Bento Itamar Borges
Publication year - 2004
Publication title -
veritas
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1984-6746
pISSN - 0042-3955
DOI - 10.15448/1984-6746.2004.2.34562
Subject(s) - humanities , art , philosophy
Nosso estudo explora a força crítica do grotesco, que teve na obra de Wolfgang Kayser (1957) abordagem pioneira, entre a literatura e a pintura. O fenômeno é anterior ao séc. XV, quando se tornou o estilo dominante de ornamentação, mas sob influência de elementos oníricos e da commedia dell’arte seria elevado à categoria estética. As observações pré-críticas de Kant sobre o belo e o sublime não equacionam grotesco e mau gosto. Victor Hugo, no prefácio de sua peça sobre Cromwel, defende o grotesco, através de motivos modernos, ou seja, românticos e cristãos, ao passo que, para Jennings, “o grotesco é o demoníaco trivializado”. No Brasil colonial, Gregório de Matos Guerra inocou com suas sátiras, que bem representam o rebaixamento, traço fundamental do gênero que, de certa forma, sobrevive na atual comunicação de massas, misturado ao Kitsch.

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here