O kotel como palimpsesto, o verbo e a fé na narrativa em “Milagre secreto”

Trataremos de dois temas inesgotáveis por essência, a Kabbalah e a obra de Jorge Luis Borges. Dois caminhos, um derivado de outro, cuja fortuna crítica é abrangente ao extremo. Optaremos por uma perspectiva da teoria da narrativa em Borges, nesse sentido, visitaremos brevemente o conceito do que seja a Kabbalah principalmente para o escritor argentino, revelado singular em textos ensaísticos e ficcionais e em sua relação com G. Scholem, que levou o tema da Sabedoria Sagrada à academia, e com seus demais críticos. Em um segundo momento, tentaremos demonstrar como a fé se articula na revelação do fantástico em Milagre secreto, conto do livro Ficções, de 1944.