Prevalência de lesões musculoesqueléticas e fatores associados em corredores de rua

Objetivo: Verificar a prevalência de lesões musculoesqueléticas em participantes de corrida de rua, bem como, sua associação com o sexo e comparação com o volume de treino semanal.Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo transversal, observacional, com abordagem quantitativa. Participaram da pesquisa 162 indivíduos de ambos os sexos, com idade entre 18 e 65 anos. Utilizou-se um questionário estruturado, elaborado pelos próprios pesquisadores composto por características antropométricas, especificidades do treinamento, e informações sobre a ocorrência de lesões musculoesqueléticas. A coleta foi realizada na XII Maratona de Revezamento Vanderlei Cordeiro de Lima: Pare de Fumar Correndo.Resultados: A prevalência de lesões musculoesqueléticas em corredores de rua foi de 47,5%. Dentre as principais lesões encontradas destacaram-se as distensões musculares, os estiramentos e a contratura muscular (33,33%), seguida de lesões inflamatórias como fasceíte plantar, tendinites e a síndrome do estresse tibial (26,19%); lesões ósseas, envolvendo fratura, condromalácia patelar e edema ósseo (15,48%); lesões ligamentares como entorses e luxações (14,29%); e outros tipos de lesões (10,71%). Verificou-se associação significativa com o sexo masculino (p<0,01) e com o volume de treino semanal (p=0,009).Conclusão: Os resultados indicam que a prevalência de lesões musculoesqueléticas em corredores de rua está associada ao sexo e que o volume de treino de corredores com lesões é maior quando comparado aos indivíduos que não apresentam as referidas lesões.