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A literatura marginal periférica e o cânone literário
Author(s) -
Nícolas Pereira Rosa,
Manoela de Quadros de Paula Guedes,
Maria Alzira Leite
Publication year - 2020
Publication title -
navegações
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1983-4276
pISSN - 1982-8527
DOI - 10.15448/1983-4276.2019.2.35099
Subject(s) - humanities , art
A literatura é, em grande medida, tributária de uma visão de cultura identificada a manifestações artísticas e intelectuais eruditas, guardando prerrogativas de gostos, padrões estéticos e morais dos grupos que detêm o poder de legitimá-la. A despeito da prevalência de posições de privilégio nos modos de representação e institucionalização da literatura, as formas de intervenção da literatura no espaço social têm sofrido uma expansão considerável na cultura contemporânea, fenômeno observável em manifestações como a entrada em cena de vozes marginais, que conferem usos e finalidades singulares às expressões literárias, problematizando concepções canônicas que reduzem o estético ao normativo, ao primado do individual e do privado. Diante desse cenário, o presente artigo confronta concepções canônicas de literatura vigentes na crítica contemporânea com questionamentos derivados da produção literária periférica. Para tanto, são analisadas, de um lado, a visão de literatura de Leyla Perrone-Moisés, no livro Mutações da literatura no século XXI; de outro, as formulações de dois dos mais destacados autores da literatura marginal periférica, Ferréz e Sérgio Vaz, a partir dos textos “Terrorismo literário” e “Literatura das ruas”, respectivamente. Ao final, o artigo tece reflexões sobre o lugar da literatura na cultura contemporânea.

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