Intelectuais argentinas diante da censura e do autoritarismo

O artigo analisa a intervenção de um grupo de mulheres intelectuais mediadoras no campo da literatura infantojuvenil ao longo das décadas de 1960 e 1970. Desenvolve brevemente o contexto histórico-cultural da atuação dessas intelectuais. À continuação, analisa a inserção das escritoras no mercado cultural para crianças e jovens e as políticas de censura que sofreram ao longo do período por parte do regime ditatorial. Posteriormente, examina uma seleção de contos e poemas, escritos por elas nos quais aparece um horizonte antiautoritário e de justiça social, nos quais as crianças são protagonistas da transformação social. Finalmente, revela que nesses textos aparecem personagens mulheres pouco convencionais, que transgridem os padrões de gênero e as formas de pensar a feminidade. Desse modo, demonstra que essas autoras se tornaram emblemas da democracia e do antiautoritarismo na Argentina.