
Ah, se tu soubesses como sou tão Carinhoso!
Author(s) -
Heloísa de Araújo Duarte Valente,
Paulo Henrique de Oliveira Lopes
Publication year - 2021
Publication title -
revista famecos
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1980-3729
pISSN - 1415-0549
DOI - 10.15448/1980-3729.2021.1.40994
Subject(s) - humanities , art , philosophy
Este texto parte do conceito de “marca sonora” (sound branding) para analisar algumas razões possíveis da inesperada resposta dos usuários do Metrô paulistano à iniciativa de incluir música nas estações e trens. Em síntese: tendo sido escolhida a “Toccata”, das Bachianas, n.º 2 (Villa-Lobos), como sinal sonoro (SCHAFER, 2011), acabou ela sendo identificada como “Carinhoso” (Pixinguinha). Consideram-se, dentre as razões principais: a) a semelhança formal entre ambas; e b) a associação entre obra musical e memória do ouvinte se deva, em parte, à capacidade de movência dos textos (ZUMTHOR, 1997). O texto apresenta uma breve descrição da trajetória de “Carinhoso” no disco e no cinema. Em conclusão mostra-se que a permanência na cultura midiática garante a longevidade da obra, ao mesmo tempo em que a música compõe a própria cultura midiática.