
Instituições laborais e intervencionismo social na Colômbia, 1923-1946
Author(s) -
Óscar Gallo
Publication year - 2016
Publication title -
anuario colombiano de historia social y de la cultura/anuario colombiano de historia social y de la cultura
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
SCImago Journal Rank - 0.159
H-Index - 4
eISSN - 2256-5647
pISSN - 0120-2456
DOI - 10.15446/achsc.v43n2.59086
Subject(s) - humanities , political science , sociology , philosophy
A hipótese defendida é que a criação da Oficina General del Trabajo ¾OGT¾ não resultou unicamente de ações doutrinais de partido, mas faz parte de uma tendência histórica, um movimento intervencionista do Estado iniciado com os governos conservadores e mantido nos anos 1930 e 1940, quando as iniciativas liberais apuraram a organização e a institucionalização da ameaça social, através de complexos modelos de conciliação e arbitramento. Adicionalmente, considera-se que o surgimento desta agência técnica se deu no marco da política internacional de regulação das relações entre capital e trabalho, mediante agencias estatais ou espaços tecnocráticos de intervenção social e relacionamento com a indústria, os operários e os camponeses. Portanto, a análise do contexto histórico e de seu processo de formação e funcionamento deve levar a compreender como se lidou com a questão social de 1923, ano de criação do Escritório Nacional do Trabalho, até 1946, quando foi criado o Ministério do Trabalho. Reconstruir a formação deste projeto institucional e seu funcionamento significa também compreender a incorporação da saúde dos trabalhadores no horizonte do Estado, assim como entender o sistema de valores em que se concretizaram fenômenos de grande impacto, como a seguridade social e o direito trabalhista.