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Sobre a função semântica dos predicados
Author(s) -
Celso R. Braida
Publication year - 2017
Publication title -
dissertatio
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1983-8891
pISSN - 1413-9448
DOI - 10.15210/dissertatio.v45i0.9291
Subject(s) - philosophy , humanities
Nesse texto são apresentadas as propostas de Davidson (2005) e de Puntel (2008) sobre o conteúdo semântico sentencial e o conceito de predicado. Na ortodoxia semântica, a função semântica dos predicados é distinta da função semântica dos designadores, o que implica que uma sentença expresse um conteúdo semântico estruturado. As propostas de Davidson e de Puntel são ambas reelaborações da proposta de Tarski (1983), pela qual as expressões predicativas são derivadas do conceito mais primitivo de sentença aberta, e do primado da verdade sentencial sobre os demais conceitos semânticos. A consequência de ambas as teorias é a eliminação do conceito de predicado e também a dispensa da tese da estruturalidade do conteúdo semântico. Sugere-se a recusa dessas propostas sob o argumento de que elas são incompatíveis com as melhores teorias tanto linguísticas e quanto formais. O ponto crítico está na eliminação da diferença lógica e gramatical entre indicar um objeto sem determiná-lo (nomear) e indicar um objeto por meio de uma determinação ou classificação (predicar), diferença essa refletida na distinção entre termo singular e termo geral na semântica tarskiana, os quais ambos são necessários para compor um termo sentencial que pode ser verdadeiro ou falso.

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