
A NOVA CENTRALIDADE DA ÁGUA E DO SANEAMENTO PÓS COVID19
Author(s) -
Marília Carvalho de Melo,
Ana Sílvia Pereira Santos,
J. M. Pereira Vieira
Publication year - 2020
Publication title -
revista augustus
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1981-1896
pISSN - 1415-398X
DOI - 10.15202/1981896.2020v25n51p294
Subject(s) - sanitation , covid-19 , humanities , sociology , geography , philosophy , environmental engineering , environmental science , medicine , disease , pathology , infectious disease (medical specialty)
A COVID-19, conhecida por síndrome respiratória aguda grave, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, por ser de rápida propagação, culminou no estabelecimento do isolamento social, causando impactos significativos à economia. Assim, a pandemia da COVID-19 tem chamado a atenção para o tema água e saneamento em aspectos relacionados à essencialidade do seu provimento, à medida preventiva de higienização das mãos e à identificação da presença do coronavírus no esgoto sanitário. O objetivo do presente artigo é, por meio da apresentação e avaliação de estatísticas e estudos científicos, explicitar alguns dos aspectos associados à centralidade do binômio água e saneamento que podem revelar-se determinantes para o relançamento da economia mundial no período pós-COVID-19, nomeadamente: 1) direito humano à água e ao saneamento, fundamentais para a garantia da qualidade de vida, da capacidade produtiva e da saúde pública, porém com uma realidade ainda desafiadora especialmente para países economicamente vulneráveis; 2) relação com a epidemiologia e ocorrência do coronavírus no esgoto sanitário, chamando a atenção da comunidade científica, da sociedade e dos tomadores de decisão, mesmo que ainda sem evidências científicas da sua transmissão feco-oral; 3) relação da água com a economia, considerando-a recurso base para produção industrial e agrícola e geração de empregos. Conclui-se assim pela construção do conceito “nova centralidade da água e do saneamento” como fator chave para a retomada da economia pós-COVID-19.