
Marcadores químicos em espécies de <i>Echinodorus</i> (Alismataceae) utilizadas como chapéu-de-couro
Author(s) -
Rizia Rodrigues Santos,
Francine Souza Alves da Fonseca,
Alcinei Místico Azevedo,
Ernane Ronie Martins
Publication year - 2021
Publication title -
scientia plena
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1808-2793
DOI - 10.14808/sci.plena.2021.040202
Subject(s) - chemistry , biology , horticulture
O nome chapéu-de-couro é dado às plantas pertencentes ao gênero Echinodorus (Alismataceae). São espécies nativas e popularmente utilizadas como diuréticas e anti-inflamatórias. As espécies Echinodorus macrophyllus e Echinodorus grandiflorus têm o uso recomendado pela Farmacopeia Brasileira. Entretanto, devido à plasticidade fenotípica do gênero, a identificação precisa é dificultada, consequentemente, Echinodorus floribundus e Echinodorus subalatus têm sido utilizadas pela população para os mesmos fins. O objetivo foi avaliar marcadores químicos para as espécies Echinodorus floribundus e Echinodorus subalatus e a similaridade química dessas com as espécies descritas na Farmacopeia Brasileira. A triagem fitoquímica revelou presença de fenóis, flavonoides, flavonas, flavonóis, xantonas, esteroides e triterpenoides nos extratos. Porém ambas as espécies apresentaram valores inferiores de flavonoides totais quando comparadas com Echinodorus scaber, descrita na literatura. A caracterização do extrato aquoso foliar em cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE-DAD) detectou 118 e 121 compostos em E. floribundus e E. subalatus, respectivamente. Destes, 25 apresentaram espectros UV-Vis característicos de compostos fenólicos. Não foram detectados o ácido chicórico e a isoorientina, marcadores comuns em Echinodorus. Os teores de derivados do ácido o-hidroxicinâmico para E. floribundus e E. subalatus (5,52% e 3,07%, respectivamente) foram superiores ao que é exigido pela Farmacopeia Brasileira. Dessa forma, há diferenças químicas entre Echinodorus floribundus e Echinodorus subalatus e as descritas pela Farmacopeia Brasileira, entretanto, há indícios de potencial farmacológico das espécies estudadas.