Open Access
Alterações funcionais e biopsicossociais de pacientes com pé diabético
Author(s) -
Osmar Max Gonçalves Neves,
Paula Santos Nunes,
Fernanda Oliveira de Carvalho,
Maria Joseli Melo de Jesus,
José Aderval Aragão,
Adriano Antunes de Souza Araújo
Publication year - 2021
Publication title -
scientia plena
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1808-2793
DOI - 10.14808/sci.plena.2021.036001
Subject(s) - medicine , gynecology
O caráter crônico do pé diabético pode influenciar no desenvolvimento de distúrbios psicológicos, contudo, ainda é preciso compreender as associações do pé diabético às condições biopsicossociais, restrições de funcionalidade e a qualidade de vida destes pacientes. Dessa forma, o objetivo desse caracterizar as alterações funcionais e psicossociais e investigar a qualidade de vida, ansiedade e depressão em pacientes com pé diabético. Para tanto, foi realizado um estudo transversal, por meio de aplicação de questionários (sociodemográfico, Escala de Independência Funcional - Kats, Questionário de qualidade de vida - Whoqol-Bref, Escala hospitalar de ansiedade e depressão HADS), em pacientes com diabetes mellitus e com pé diabético atendidos no serviço de cirurgia vascular durante 18 meses em um hospital terciário. Dos pacientes incluídos, 200 possuíam pé diabético, atenderam aos demais critérios de inclusão e aceitaram participar da pesquisa. Cerca de 31% dos indivíduos estudados apresentaram classificação A de Katz (independência funcional). A qualidade de vida geral determinada pelo Whoqol-Bref foi de 51,1, e entre os domínios, o domínio físico demonstrou a menor média, igual a 32. Esse achado pode ser associado à baixa independência funcional encontrada em 31% dos pacientes. Foi observada uma prevalência de 29% de depressão e 23% de ansiedade nos pacientes com pé diabético. O nível da amputação demonstrou impacto maior que a existência ou não da amputação na qualidade de vida dos pacientes, resultando ainda em uma menor independência funcional. A dificuldade para realizar atividades básicas também influenciou o aumento da prevalência da ansiedade e depressão.