
"Sou menos/Quando não sou líquida"
Author(s) -
Sandro Adriano da Silva
Publication year - 2019
Publication title -
téssera
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2595-8925
DOI - 10.14393/tes-v1n2-2019-47294
Subject(s) - humanities , philosophy , art
Este artigo pretende uma análise do poema “I”, da obra Alcoólicas (1989), de Hilda Hilst, considerando os elementos de sua configuração poética e presença de uma imaginação simbólica em torno do elemento água em sua face etílica. A arquitetônica do poema e o imaginário fundem-se na captação e expressão da experiência de um sujeito poético solitário que margeia sentidos de dissolvência pela embriaguez da subjetividade lírica diante do imponderável existir. E ainda assim celebra a Vida. É nessa faixa criadora que se situa Alcoólicas, cujos poemas afirmam-se na ubiquidade do arquétipo água – desde sempre apontado como arké, fonte ou origem da vida e da morte – que os nutre no essencial, violento e ambíguo confluir da atividade imaginante da poeta.
Palavras-chave: Poesia brasileira. Hilda Hilst. Alcoólicas. Poética. Imaginação simbólica.