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“Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça”
Author(s) -
Diego Santos Vieira de Jesús,
Daniel Kamlot,
Veranise Jacubowski Correia Dubeux,
Patrícia Cerqueira Reis,
Diogo T. Robaina
Publication year - 2020
Publication title -
caderno espaço feminino
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1981-3082
pISSN - 1516-9286
DOI - 10.14393/cef-v32n2-2019-13
Subject(s) - humanities , sociology , art
Com base predominantemente na obra de Reis (2018) acerca da construção de marcas de cidades e na teoria performativa de gênero desenvolvida por Butler (1990), o objetivo é examinar a performatividade da mulher na identidade, na imagem e na reputação da Marca Rio entre 2016 e 2018. O argumento central aponta que, nas manifestações das evidências físicas e simbólicas da identidade da Marca Rio, a mulher é objetificada em face do agravamento da violência contra o gênero feminino na cidade no período em foco. A violência física fica clara no aumento de casos de feminicídio e de violência doméstica contra a mulher, enquanto a violência simbólica evidencia-se na participação marginal das mulheres no mercado de trabalho – no qual permanecem mal remuneradas e concentradas em funções menos valorizadas –; na sub-representação na formulação de políticas públicas no Rio de Janeiro e nas representações culturais sexualizadas da cidade, apesar da maior participação feminina na dimensão sociocultural da identidade carioca. Na imagem da cidade – formada pelos esforços de comunicação da e sobre a marca Rio –, ainda que se tenha uma maior atenção ao gênero feminino nas comunicações de serviços públicos e de engajamento, perpetua-se a quase invisibilidade da mulher nas comunicações de negócios. Os estereótipos generificados e objetificantes que situam a mulher em posições subalternas são gradualmente questionados nas comunicações de visibilidade internacional e de opinião pública, mas tais comunicações ainda se mostram incapazes de contribuir para uma efetiva eliminação de estruturas patriarcais e misóginas vigentes na cidade. Diante do desempenho insatisfatório do Rio de Janeiro no que diz respeito à igualdade de gênero, a reputação da cidade acaba sendo prejudicada quando comparada às avaliações internacionais de outras marcas de cidades. Neste recorte, verifica-se que a construção da identidade e da imagem da Marca Rio, em vários aspectos, é um processo generificado que associa o Rio de Janeiro a um status quo de manutenção e reprodução da desigualdade de gênero na cidade.. PALAVRAS-CHAVE: Marca de cidade. Rio de Janeiro. Gênero.

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