Aspectos quantitativos do estudo das interações medicamentosas em Hospitais Universitários brasileiros: revisão sistemática

Hospitais Universitários são compreendidos como Estabelecimentos de Saúde destinados à realização de atividades de Ensino, Pesquisa e Assistência. Em função da heterogeneidade de serviços prestados, que demandam esquemas terapêuticos complexos, representam ambiente propício à ocorrência e estudo de interações medicamentosas – alterações no efeito de um medicamento em função (em geral) da presença de outro. As revisões sistemáticas existentes não abordam o fenômeno das interações medicamentosas no contexto dos Hospitais Universitários brasileiros. Objetivou-se, desta forma, o levantamento sistemático da literatura de estudos que abordaram este fenômeno nestes estabelecimentos. Conduziu-se uma revisão sistemática baseada: na estratégia SPIDER; em quatro bancos de dados e; mediante emprego de descritores relacionados às interações medicamentosas e a hospitais universitários (emprego de operadores booleanos), que deveriam compor a seção título de manuscritos disponíveis integralmente em português e realizados em hospitais universitários brasileiros (seguido da avaliação da qualidade dos mesmos). Dezessete citações compõem a amostra final, sendo nove artigos, três dissertações, duas teses e três trabalhos de conclusão de curso. Houve prevalência para estudos realizados em Unidades de Terapia Intensiva (sete), envolvendo adultos do sexo masculino (11). Parcela significativa dos manuscritos apresentou reduzida qualidade, com base no instrumento de análise. O percentual de interações identificadas em cada manuscrito possui frequência expressiva. O número de estudos identificados, a frequência para interações identificadas e a qualidade dos manuscritos, sobretudo em função do quantitativo de hospitais universitários brasileiros, surge como aspecto relevante e de interesse à pesquisa, haja vista que a prevenção, redução e identificação de interações medicamentosas encontra-se associada ao (in)sucesso farmacoterapêutico.