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PROCESSOS DE EDUCAÇÃO POPULAR DAS JUVENTUDES NEGRAS E PERIFÉRICAS
Author(s) -
Lúcia Isabel da Conceição Silva,
Paula Maíra Alves Cordeiro,
Jorge Martins Evangelista Júnior
Publication year - 2022
Publication title -
momento
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2316-3100
pISSN - 0102-2717
DOI - 10.14295/momento.v31i01.13676
Subject(s) - political science , humanities , sociology , philosophy
O debate sobre as juventudes negras e periféricas vem se impondo no cenário acadêmico e político, com variado número de produções sobre violências diversas, racismos, exclusões e desigualdades, e sobre processos de organização, de arte, cultura e outros gestados por jovens, como estratégias importantes de viver as periferias, denunciar e lutar por direitos. Compreender estes processos é fundamental para pensar o papel dos jovens no enfrentamento de desigualdades e opressões estruturais, cidadania e defesa da democracia. Este artigo visa contribuir com o debate analisando o significado dos cursinhos populares como uma proposta de educação popular e organização política das/com as juventudes, assumindo a luta pelo direito à educação e suas relações com as lutas por outros direitos. A metodologia é um estudo de caso da Rede Emancipa Belém de Educação Popular, um projeto de extensão UFPA articulado à Rede Nacional Emancipa. O projeto atua com sete unidades em bairros periféricos, envolvendo, aproximadamente 100 estudantes de graduação e 400 jovens que se preparam para o Enem. Discutem-se os princípios e estratégias da proposta com base no pensamento freireano e as percepções dos jovens envolvidos/as sobre suas condições de vida, direitos e expectativas e o papel do cursinho. Os dados são oriundos de documentos, rodas de conversas, formulários aplicados e observação participante. Os resultados mostram a vulnerabilidade dos jovens, suas expectativas sobre a educação e sua contribuição e sentidos de oportunidade e inserção social. Conclui-se que as estratégias do projeto têm importância na construção da consciência coletiva e politização das desigualdades e violações e também na construção de sentidos de luta e de valores coletivos da liberdade, solidariedade, mobilização, igualdade, direito, justiça social etc., demonstrando o potencial do trabalho na formação política das juventudes.

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