
Avaliação do ensino de habilidades de comunicação no currículo do 1º ao 8º período do curso de medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora
Author(s) -
Oscarina da Silva Ezequiel,
Sandra Helena Cerrato Tibiriçá,
Angélica de Paula Langame,
Denise Junqueira dos Santos,
Denise Herdy Afonso
Publication year - 2017
Publication title -
journal of management and primary health care
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2179-6750
DOI - 10.14295/jmphc.v7i1.447
Subject(s) - humanities , psychology , philosophy
A comunicação, como competência nuclear na educação médica, tornou-se tema de interesse como campo de pesquisa e objeto de iniciativas de programas de ensino e avaliação. Seguindo as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN, 2014), o projeto pedagógico do curso de Medicina da UFJF (PPC, 2015) propõe uma formação baseada em competências, visando o atendimento integral do ser humano. Para o sucesso desta proposta, o desenvolvimento das habilidades de comunicação deve ser longitudinal. Assim, faz-se necessária a avaliação da situação atual e da demanda de alunos e professores quanto ao ensino dessas habilidades para posterior implantação deste componente curricular. Objetivos: Avaliar a situação atual e a demanda dos professores quanto ao ensino de habilidade de comunicação nos primeiros quatro anos do curso de medicina. Método: Pesquisa transversal, quali-quantitativa, aplicada e descritiva. Foi realizada a análise documental das DCN (2014), do PPC (2015) e dos programas das disciplinas do 1º ao 8º período e também a análise de questionário eletrônico aplicado aos 78 docentes responsáveis pelas disciplinas. Resultados: 27% dos programas das disciplinas mencionam o tema comunicação, sendo que as categorias mais frequentemente citadas foram registro dos dados, construção de vínculo e técnicas de entrevista médica, enquanto que as categorias compartilhamento de informações e comunicação interprofissional são as mais citadas nas DCN. 52% dos professores responderam os questionários e 91% concordam/concordam fortemente sobre a importância do ensino de habilidades de comunicação. Conclusão: Apesar da obrigatoriedade do ensino da comunicação no currículo médico e da concordância dos docentes quanto à sua relevância, somente um quarto das disciplinas trata do mesmo, revelando a inadequação dos programas às orientações das diretrizes.