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Condições socioeconômicas e estado nutricional de famílias rurais
Author(s) -
Dayane de Castro Morais,
Luiza Veloso Dutra,
Sylvia do Carmo Castro Franceschini,
Juliana Farias de Novaes,
Sílvia Eloiza Priore
Publication year - 2017
Publication title -
journal of management and primary health care
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2179-6750
DOI - 10.14295/jmphc.v7i1.446
Subject(s) - humanities , physics , philosophy
Aumento da obesidade e manutenção de doenças carenciais, como baixa estatura, caracterizam transição nutricional. A presença de baixa estatura, inclusive em adultos, é indicador de déficit nutricional cumulativo, também conhecido como desnutrição pregressa. Objetivou-se relacionar estado nutricional de famílias rurais brasileiras e condições socioeconômicas. Trata-se de estudo transversal com famílias rurais do município de São Miguel do Anta, Minas Gerais. Para cálculo amostral utilizou-se programa STATCALC do EPI-INFO, versão 6.04, e prevalência de insegurança alimentar em Minas Gerais, segundo Pesquisa Nacional de Amostras de Domicílios (2009), sendo acrescido de 10% para possíveis perdas e 20% para controle de fatores de confusão, resultando em amostra de 79 domicílios. As famílias da amostra foram sorteadas a partir do cadastro de agricultores familiares da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural - EMATER do município, respeitando a proporcionalidade de famílias por comunidade rural. Este trabalho foi aprovado pelo comitê de ética da Universidade Federal de Viçosa, sob o número de registro 241.906/2013, e todos os participantes assinaram o termo de consentimento livre esclarecido. Aferiu-se peso e estatura de todos os integrantes das famílias, e calculou-se índices de massa corporal (IMC) e estatura/idade, inclusive em adultos (considerando idade máxima obtida pelas curvas de crescimento), utilizando pontos de corte da Organização Mundial da Saúde, específicos para cada faixa etária. Avaliou-se renda, número de moradores, idade e sexo. Para verificar situação de pobreza, considerou-se renda per capita inferior a ½ salário mínimo, vigente no período da coleta de dados (R$311,00). Realizou-se testes de qui-quadrado de Pearson e correlação de Spearman. Avaliou-se 79 famílias (272 indivíduos). Em relação às famílias, 93,7% eram chefiadas por homens e 54,4% estavam em situação de pobreza. Considerando estado nutricional, 25,3% e 31,6% das famílias apresentavam obesidade e baixa estatura, respectivamente, em pelo menos um integrante. Presença de pobreza não associou-se à baixa estatura e obesidade na família. Renda per capita correlacionou-se ao número de integrantes com baixa estatura na família (r=-0,248; p=0,027), mas não aos com obesidade. Ao considerar baixa estatura apenas em crianças e adolescentes, observou-se 5 indivíduos com essa distrofia, estando em 3,8% dos domicílios. Ao incluir adultos nessa análise, verificou-se 34 indivíduos com baixa estatura (31,6% dos domicílios). A renda per capita correlacionou-se ao número de idosos na família (r=0,587; p<0,001) e inversamente com número de crianças (r=-0,475; p=0,001) e adolescentes (r=-0,448; p<0,001). Esses resultados indicam a importância de avaliar baixa estatura também em adultos, como indicador de déficit nutricional cumulativo, e considerar baixa renda per capita como fator de risco para essa deficiência. 

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