
Aspectos socioeconômicos relacionados à parasitoses em pré-escolares
Author(s) -
Mariane Roberta da Silva,
Mariana Costa Fausto,
Eliangela Saraiva Oliveira Pinto,
Guilherme Costa Fausto,
Rogério M. Pinto
Publication year - 2017
Publication title -
journal of management and primary health care
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2179-6750
DOI - 10.14295/jmphc.v7i1.390
Subject(s) - humanities , medicine , psychology , philosophy
As parasitoses intestinais representam-se como um grave problema de saúde pública no Brasil. Essas doenças estão relacionadas à más condições higiênicas sanitárias, atingindo principalmente crianças menores de cinco anos, devido a seus hábitos de higiene precários e sua imunidade ainda em desenvolvimento, podendo causar graves complicações físicas e cognitivas. Avaliar os aspectos socioeconômicos e culturais e identificar principais fatores de risco para a ocorrência de parasitoses intestinais em crianças. Realizou-se uma pesquisa com crianças em uma creche municipal situada no município de Viçosa-MG. A coleta de dados se deu por meio da aplicação de um questionário estruturado aos pais das crianças. Verificou-se que 48,27% dos pais possuem renda familiar igual a dois salários mínimos e que 41,37% convive com 4 pessoas na família. Além disso, 41,37% possuem animais em casa, 24,13% possuem horta e 3,70% dos participantes relatam não utilizar agua filtrada para o consumo. Em relação aos hábitos alimentares, 77,77% disseram comer verduras cruas e 89,65% não comem carne crua ou mal passada. Quanto ao hábito de andar descalços 44,82% dos pais afirmaram que as crianças sempre o faziam. Para os hábitos de higiene pessoal das crianças, verificou-se que apenas 17,24% lavam as mãos das crianças antes das refeições. Quanto ao controle preventivo de verminoses da família, 65,51% dos entrevistados não possuem o hábito de fazer o controle preventivo. Em relação ao tratamento de verminoses entre as crianças, 72,41% afirmaram que nunca fizeram um tratamento para verminoses e dentre as 27,58% das crianças que fizeram algum tratamento, 42,85% o-fez a mais de um ano. Conclui-se que os fatores de risco para a ocorrência de verminoses, nas famílias das crianças participantes da pesquisa, foi a presença de animais em residência, a deficiência no controle preventivo das verminoses nas crianças, a higiene das mãos inadequadas antes das refeições e o risco direto das crianças por conviverem em ambiente coletivo.