
Internações por câncer de próstata em uma regional de saúde do estado de Pernambuco e as relações com as possibilidades de prevenção na atenção primária
Author(s) -
Ângelo Sávio Ferreira dos Santos,
Filipe Santana da Silva,
Joseilda Alves da Silva,
Erlene Roberta Ribeiro dos Santos,
Eliane Maria Medeiros Leal
Publication year - 2020
Publication title -
journal of management and primary health care
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2179-6750
DOI - 10.14295/jmphc.v12.573
Subject(s) - medicine , gynecology
O câncer de próstata é a neoplasia maligna de maior incidência entre os homens no Brasil. No curso da doença, surgem diversas possibilidades clínicas, levando à necessidade de internações hospitalares. O objetivo deste trabalho é caracterizar as internações por câncer de próstata (CAP) na 1a Regional de Saúde do estado de Pernambuco, no período de 2012 a 2016. Foi realizado um estudo epidemiológico do tipo quantitativo descritivo de caráter transversal. Os dados são do tipo secundário, coletados a partir do Sistema de Informação Hospitalar – SIH, através da interface de consulta Tabnet/PE. A população estudada foram todos os homens que se internaram por CAP na 1a Regional de Saúde de Pernambuco, no período de estudo. Entre 2012 e 2016, ocorreram 3.985 internações por CAP. Homens pardos (44,6%) e faixa etária de 50 a 79 anos (85%) foram os que mais internaram. A 1a Regional de Saúde foi responsável pela maior quantidade de internação (70,5%). A taxa de mortalidade no período foi de 8,5 (395 mortes). O valor total gasto foi de R$ 8.569.339,80 e o valor médio de internação foi de R$ 2.175,51. O Hospital do Câncer de Pernambuco – HCP e o Instituto Materno Infantil de Pernambuco – IMIP são os estabelecimentos que mais internaram pacientes no período (54,2%) juntos. A quantidade de internação e de óbitos se encontram em tendência de crescimento, assim como os gastos anuais. A busca tardia pelo diagnóstico e pelo tratamento são possíveis causas dessa elevação e pode ainda mais agravar esses números, se não houver nenhuma intervenção maior e mais institucionalizada em relação a prevenção do câncer de próstata no Estado.