
DIETOTERAPIA E CUIDADOS PALIATIVOS EM PACIENTES ONCOLÓGICOS
Author(s) -
Suanam Altair Tavares de Menezes,
Ana Clara Lacerda Cervantes de Carvalho,
Karina Morais Borges,
Renata Andriola Colares,
Victor Pinheiro Gomes e Albuquerque,
Mariana Machado Bueno
Publication year - 2019
Publication title -
id on line. revista de psicologia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1981-1179
DOI - 10.14295/idonline.v13i46.2007
Subject(s) - medicine , gerontology
Introdução: O câncer vem destacando-se por sua alta taxa de desenvolvimento, segundo dados epidemiológicos divulgados pelo Instituto Nacional de Câncer no Brasil em 2018, a incidência foi de 582.590 e o numero de óbitos chegou a 218.640. Cuidados paliativos (CP) em oncologia sugerem proporcionar um suporte global ao paciente, a fim de amenizar sintomas e melhorar a qualidade de vida (QV) daqueles em que o tratamento já não é mais uma opção de cura. Objetivos: O objetivo do estudo foi identificar os principais aspectos e condutas do cuidado paliativo nutricional no tratamento oncológico. Método: Este estudo trata-se de uma revisão sistemática sem metanálise, realizada em agosto de 2019, na qual foram consultadas as bases de dados SCIELO e PUBMED, utilizando os descritores associados ao operador booleano (AND): Dieta. Neoplasias. Cuidados paliativos. Foram inclusos: artigos dos últimos 12 anos, artigos em inglês e português. Foram excluídos: artigos repetidos e monografias. Resultados: Foram encontrados ao todo 66 estudos, após aplicação do filtro restaram 10 e mediante leitura dos mesmos 6 enquadraram-se com o tema proposto. A terapia nutricional em CP tem que considerar a incapacidade do paciente em deglutir, digerir e absorver nutrientes, promover conforto, prazer, melhor QV e controlar os sintomas nutricionais relacionados à progressão da doença (exemplo: anorexia, náuseas, obstipação, xerostomia, caquexia, diarréia, inapetência e outros). Espera-se assim prolongar a perda da auto-suficiência garantindo uma sobrevida com dignidade ao individuo. Quando possível, deve-se favorecer alimentação por via oral (VO), devendo ser ofertados alimentos preferidos do paciente, caso a alimentação e a hidratação por VO sejam impossíveis ou insuficientes para atingir as necessidades nutricionais, deve-se então considerar via enteral ou via parenteral, desde que não sejam medidas fúteis, desconfortáveis, respeitem os princípios éticos e decisão do paciente e família, contribua com uma melhor QV e maior sobrevida. Conclusão: A alimentação é importante em CP, podendo auxiliar o paciente oncológico nos âmbitos físico e mental. Contudo, dificilmente a alimentação será capaz de exercer sua função de restaurar uma condição nutricional adequada. Nesse estágio, a intercessão da equipe multidisciplinar e em especial o nutricionista é ponderar sobre as necessidades e desejos do paciente e família, essenciais para que se controlem sintomas indesejáveis e assegurar prazer e alívio.Palavras-chave: Dieta. Neoplasias. Cuidados paliativos.