
RELATO DE CASO DE PACIENTE COM DOENÇA DE BOWEN
Author(s) -
Bruna Raynara Novais Lima,
Grecia Oliveira de Sousa,
Rivania Beatriz Novais Lima,
André Moreira
Publication year - 2019
Publication title -
id on line. revista de psicologia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1981-1179
DOI - 10.14295/idonline.v13i46.1993
Subject(s) - medicine , humanities , gynecology , physics , philosophy
Introdução: A Doença de Bowen (DB) é um carcinoma espinocelular in situ com lesão única eritematosa de área escamosa ou crostosa que cresce irregularmente com limites definidos em pele ou mucosas. É mais frequente na população branca com uma incidência de cerca de 1,42/1.000 tendo grande prevalência em idosos (REIZNER et al.,1994). Sugere-se que possui relação com a exposição solar crônica ou arsênica em águas contaminadas (JAMES; BERGER; ELSTON, 2007). Embora rara, existe a sua variável pigmentada. O tratamento da DB é principalmente com a excisão cirúrgica (ROTTA, 2008). Objetivos: Relatar caso de paciente com DB. Destaca-se o tempo de evolução de 23 anos da doença. Relato De Caso: A.S.P., sexo feminino, 38 anos, parda, apresentou-se no ambulatório do Hospital Maternidade São Vicente de Paulo de Barbalha-CE, queixando-se de queimação e prurido associados a uma lesão já diagnosticada por biópsia. Relatou o surgimento de um sinal há 23 anos, semelhante a uma pápula, localizado à direita na região lombar, com coloração mais clara que a atual lesão. Após o escurecimento e expansão do sinal, há 18 anos, iniciaram sintomas frequentes, como prurido, queimação e liberação de pequena quantidade de secreção incolor, inodora e viscosa; a paciente referiu a utilização de medicação tópica desconhecida durante esse período até que realizou uma biópsia há 1 ano, detectando a DB. Observou-se uma lesão hiperermiada, crostosa, com bordas irregulares, hipercrômica e com dimensão 9x6 cm. Como fator de risco A.S.P. residiu em zona rural durante a infância e adolescência, tendo constante exposição solar na região da lesão; nega história pessoal e familiar de câncer. Conclusão: Apesar da paciente não apresentar como fator de risco a cor da pele e a idade mais prevalentes da doença, a exposição solar sofrida durante a juventude estimulou o surgimento da DB. Segundo o INCA (2006), a exposição cumulativa e excessiva nos primeiros 10/20 anos de vida influencia muito nos riscos da pessoa desenvolver câncer de pele. Inicialmente, a hipótese diagnóstica era de uma pápula, com o avançar do caso e a obtenção da biópsia e do laudo histopatológico, foi detectada a DB. Assim, foi indicado o tratamento cirúrgico para DB com a ressecção da lesão mantendo margens de segurança. Devido seu lento crescimento e sua característica variada, essa neoplasia possui um diagnóstico tardio (CAMERON et al., 2010). Assim, é fundamental melhorar a prevenção e a rápida detecção dessa enfermidade.