
AVALIAÇÃO DA MORTALIDADE INFANTOJUVENIL POR LINFOMA NÃO HODGKIN NO BRASIL
Author(s) -
Filipe Rolim Medeiros,
Maria Mirelle Ferreira Leite Barbosa,
Daniela Matos Carneiro,
Inêz Gabrielle Duarte Sousa,
Francisco Davi Gomes Araújo,
Flaviana Ferreira de Oliveira,
Millene Ivania Ferreira Leite Barbosa
Publication year - 2018
Publication title -
id on line. revista de psicologia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1981-1179
DOI - 10.14295/idonline.v12i40.1072
Subject(s) - medicine , gynecology
Introdução: As neoplasias mais frequentes entre crianças e adolescentes são as leucemias, os tumores do sistema nervoso central e os linfomas. Os linfomas não-Hodgkin que ocorrem nas crianças correspondem a um grupo heterogêneo com diversos tipos histológicos, sendo mais comum o tipo Burkitt. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a taxa de mortalidade geral por linfoma não-Hodgkin cresceu 17% entre 2004 e 2013 (último dado disponível). Objetivo: Avaliar os índices de mortalidade por Linfoma nãoHodgkin em crianças e adolescentes (0 a 19 anos), no Brasil, entre 2009 e 2013. Método: Foi realizado um estudo quantitativo, descritivo, transversal, baseado em dados secundários do Ministério da Saúde e do INCA sobre casos de óbito por Linfoma não-Hodgkin, em todas as regiões do Brasil, entre os anos de 2009 e 2013. Resultados: A taxa de mortalidade média ajustada por idade para o Brasil foi de 2,70 por milhão de crianças e adolescentes no período analisado. Essa taxa foi mais expressiva no sexo masculino (3,66 óbitos por milhão) quando comparado ao feminino (1,70). A faixa etária com maior índice de mortalidade foi a de 15 a 19 anos, em ambos os sexos, com taxa de 4,45. Entre as regiões do país, as que apresentaram maiores taxas foram a Região Sul e a Nordeste (três por milhão), e as menores, Regiões Norte e Sudeste (2,50 por milhão). Conclusão: Neste estudo foi observado um maior risco de morte por Linfoma não-Hodgkin para crianças do sexo masculino, com idade entre 15 a 19 anos, além de residentes nas Regiões Sul e Nordeste do país. Sendo assim, é possível denotar que a faixa etária infantojuvenil possui taxa de prevalência que reflete o cenário brasileiro em que está inserida. Em suma, é possível observar a importância da análise das tendências de mortalidade por esse tipo de neoplasia hematológica, pois a mesma pode fornecer subsídios para avaliação de estratégias de detecção precoce voltadas para o grupo infantojuvenil.