
Fatores Associados às Síndromes Hipertensivas em Puérperas Internadas no Hospital Dom Malan em Petrolina-PE: Estudo de Caso-Controle
Author(s) -
Lucimara Araújo Campos Alexandre,
Gardenia Pereira de Sousa,
Lorena Andrade da Silva,
Carlos Noronha Neto,
André dos Santos Costa
Publication year - 2017
Publication title -
id on line. revista de psicologia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1981-1179
DOI - 10.14295/idonline.v11i37.842
Subject(s) - medicine , gynecology
Objetivo: determinar fatores associados às síndromes hipertensivas em puérperas internadas no Hospital Dom Malan (HDM) de Petrolina-PE, nordeste do Brasil. Método: estudo observacional, tipo caso-controle, incluindo-se puérperas com síndromes hipertensivas (casos) e sem síndromes hipertensivas (controles) na proporção de 1:1, realizado no período de março de 2010 a março de 2012. Como critérios de inclusão para os casos, admitiram-se puérperas com diagnóstico de síndrome hipertensiva na gestação internadas no alojamento conjunto e na Unidade de Terapia Intensiva do HDM e para os controles, puérperas sem síndromes hipertensivas, internadas no alojamento conjunto do HDM. Excluíram-se puérperas com incapacidade cognitiva para entenderem e assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). As variáveis biológicas, sóciodemográficas, hábitos de vida, obstétricas/reprodutivas e principais condições clínicas foram estudadas. Para verificar associação entre variáveis preditoras e o desfecho, utilizaram-se os testes qui-quadrado e exato de Fisher a um nível de significância de 5%. O intervalo de confiança (IC 95%) e a Odds Ratio (OR) foram calculados. A análise multivariada foi realizada para determinação do risco ajustado de síndromes hipertensivas na gravidez. Resultados: foram incluídas 150 puérperas (75 casos e 75 controles). Após a análise bivariada os fatores associados às síndromes hipertensivas da gestação foram escolaridade < 9 anos completos de estudo, procedência de Petrolina e história de hipertensão em gestação anterior. Após regressão logística múltipla, apenas a procedência de Petrolina permaneceu como fator de risco para as síndromes hipertensivas da gestação. Conclusão: o estudo demonstrou que mulheres que desenvolveram síndromes hipertensivas na gravidez estavam associadas aos níveis menores de escolaridade, antecedentes de hipertensão em gestações anteriores e serem procedentes de Petrolina. Os achados apresentam algumas limitações, principalmente por se tratar de um estudo observacional. Neste contexto, recomendam-se futuras investigações, como estudos prospectivos maiores em seguimento e número de participantes, sobre potenciais fatores de risco para as síndromes hipertensivas na gravidez na região do Vale do São Francisco.