
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA E CONDIÇÕES SANITÁRIAS DO COMÉRCIO DE QUEIJO CABACINHA EM TRÊS MUNICÍPIOS DO VALE DO JEQUITINHONHA, MG, BRASIL
Author(s) -
Adair da Silva Santos Filho,
Christiano Vieira Pires,
Weslley José Cardoso,
Maximiliano Soares Pinto,
Neide Judith Faria de Oliveira
Publication year - 2016
Publication title -
revista do instituto de latícinios cândido tostes
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2238-6416
pISSN - 0100-3674
DOI - 10.14295/2238-6416.v71i4.511
Subject(s) - humanities , biology , art
O queijo cabacinha, originário do Vale do Jequitinhonha, é obtido por aquecimento do coágulo, de forma semelhante à mussarela, porém a matéria prima não é pasteurizada e o produto final é armazenado sem embalagem e em temperatura ambiente. Esse derivado lácteo pode contribuir para a elevação da renda da população local, principalmente dos moradores das margens das rodovias, em função do fluxo de veículos e de possíveis compradores. Neste trabalho, objetivou-se conhecer as condições físicas e sanitárias dos locais de comércio do queijo artesanal cabacinha em três municípios do Vale do Jequitinhonha, MG, Brasil. Para tanto, inicialmente, foi realizado levantamento do número de locais de venda do derivado lácteo nos municípios de Medina, Cachoeira de Pajeú e Pedra Azul, localizados nas imediações das rodovias BR 251 e BR 116 no estado de Minas Gerais, Brasil. Posteriormente, foi elaborada planilha para averiguações da estrutura física e condições sanitárias dos locais, preenchida em nova visitação in loco. Pode-se observar que a maioria dos pontos comerciais não possuía as condições adequadas, como ausência de paredes de alvenaria, de água canalizada e de sanitários ou pias. Era comum também a presença de possíveis vetores de contaminação nas imediações dos locais de venda do produto lácteo, como cães e insetos. Verificou-se que a maior parte dos queijos era exposta pendurada aos pares em barbantes e sem embalagem. O estudo demonstra a precariedade da estrutura física e das condições higiênico-sanitárias nos locais de comércio do queijo cabacinha. Por tratar-se de produto artesanal proveniente da agricultura familiar, que gera renda e emprego no campo, merecia mais atenção dos órgãos competentes estaduais e municipais.