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O ensino do Hebraico em Portugal e o seu lugar na humanitas universitária
Author(s) -
Sofia Cardetas Beato
Publication year - 2020
Publication title -
revista de história da sociedade e da cultura/revista de história da sociedade e da cultura
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2183-8615
pISSN - 1645-2259
DOI - 10.14195/1645-2259_20_18
Subject(s) - humanities , philosophy , exegesis , art , theology
O estudo científico da Bíblia pelos demais católicos no século XVI começou a fazer-se à base das línguas de origem - o cultivo do hebraico, por se tornar indispensável à exegese, é um notável exemplo de como as Humanidades floresceram em Portugal.Pretendemos averiguar esse sucesso: se ele se deveu ao método histórico-filológico, de onde provinha a formação dos mestres de Hebraico e a relevância da sua produção científica. Ingressados nas ordens religiosas reformadas ou recém-criadas em Trento, elaboraram vários comentários com base na semântica hebraica. Alguns deles, nomeadamente Jerónimo de Azambuja, foram chamados a Trento para revisões da tradução do texto bíblico. O declínio do ensino do Hebraico (bem como outras disciplinas auxiliares da exegese) e a pobre existência de conhecedores do “idioma santo” no século seguinte fez descurar a investigação rigorosa do texto sagrado internacionalmente, não voltando Portugal e a alma mater conimbricensis àquele grande fenómeno educativo da modernidade.

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