
DIVERSIDADE DE GUILDAS TRÓFICAS EM SCARABAEINAE (COLEOPTERA, SCARABAEIDAE) DE MATA ATLÂNTICA
Author(s) -
Lorena Pereira Cerqueira
Publication year - 2018
Publication title -
anais do ... seminário de iniciação científica/anais seminário de iniciação científica
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2595-0339
pISSN - 2175-8735
DOI - 10.13102/semic.v0i20.3086
Subject(s) - scarabaeinae , geography , biology , humanities , scarabaeidae , ecology , philosophy
Os Scarabaeinae (Coleoptera, Scarabaeidae) também conhecidos como besouros rola-bosta, são insetos detritívoros que se alimentam de fezes, carcaças, frutos em decomposição e fungos em decomposição1. Por serem organismos detritívoros eles possuem fundamental importância na manutenção dos ecossistemas ao qual estão inseridos e isso se explica pela remoção e reingresso da matéria orgânica no solo2. Por causa desse comportamento, os Scarabaeinae realizam diversos serviços ecológicos, como o controle biológico natural de organismos detritívoros3. Por terem alta sensibilidade a mudanças ambientais4 podem ser utilizados como organismos bioindicadores, principalmente em florestas e savanas tropicais5, respondendo a mudanças através da estrutura de sua comunidade, populações, riqueza e abundância nos diferentes ecossistemas6.A atratividade dos Scarabaeinae por diferentes recurso faz com que eles possam ser divididos em guildas tróficas7. Algumas espécies são especialistas em um tipo de recurso, outras demonstram apenas preferência e outras são generalistas1. Desta forma há complementaridade de nicho entre espécies de rola-bosta, pois utilizando recursos parecidos (ex, diversos tipos de fezes) podem desempenhar o mesmo papel na manutenção dos ecossistemas, mas abrangendo recursos de variadas origens. Desta forma, estabelecemos como princípio teórico que áreas com maior quantidade e diversidade de fontes de recursos suportam comunidades mais ricas e com maior amplitude de espécies especialistas em recursos específicos que áreas empobrecidas do ponto de vista estrutural.Diante disto testaremos as seguintes hipóteses: 1) haverá maior dissimilaridade de composição de espécies em recursos de natureza distinta (fezes, carcaças ou frutos em decomposição) do que entre recursos de mesma natureza; 2) fezes de onívoros atrairão uma riqueza maior de espécies do que fezes de herbívoros; 3) fragmentos de mata com mesma cobertura vegetal apresentarão comunidades de rola-bosta com estrutura mais similar; 4) em áreas menores e com interferência humana haverá uma riqueza menor de espécies e menor diversidade de guildas tróficas do que em áreas mais conservadas.