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REDE DE INTERAÇÃO FEIJÃO MANGALÔ (Dolichos lablab) E SEUS VISITANTES FLORAIS
Author(s) -
Bianca Dorea Santos
Publication year - 2018
Publication title -
anais do ... seminário de iniciação científica/anais seminário de iniciação científica
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2595-0339
pISSN - 2175-8735
DOI - 10.13102/semic.v0i20.2982
Subject(s) - humanities , philosophy
Os estudos sobre redes de interação animal-planta têm sido de grande relevância para o entendimento da estrutura, dinâmica e outros processos ecológicos em comunidades (MEMMOTT, 1999). Apesar de seus fundamentos terem sido estabelecidos e consolidados anteriormente, em diversas áreas do saber (JORDANO, 1987; STROGATZ, 2001), o uso de redes na ecologia é relativamente novo. E esse olhar sobre redes possibilitou o entendimento de uma variedade de fenômenos e mecanismoscausais que moldam e estruturam comunidades ecológicas (PAINE,1980; POLIS, 1999; BORER et al, 2005).Diferentes grupos de insetos apresentam diferentes eficácias na polinização, sendo que, esses grupos apresentam diferentes padrões temporais de visita. O fato é que, estudos vêm apontando um declínio no número de polinizadores em todo o mundo (BIESJEIMER et al., 2006; MARTINS & MELO, 2010). Sendo assim, estudar como os visitantes florais interagem em suas coletas de recursos são imprescindíveis para uma melhor compreensão do funcionamento do ecossistema e de como diferentes estratégias de forrageamento são utilizadas, a fim de evitar a competição interespecífica e permitira coexistência entre eles, a exemplo das abelhas (CARVALHO, 2009). O estudo das interações inseto-planta nas redes tróficas é apontado como básico para melhorar nosso conhecimento sobre esta questão (DEL-CLARO & TOREZAN-SILINGARDI, 2009). Sendo que, a identificação dos horários preferenciais dos polinizadores, podem ser utilizados para criação de novas estratégias de manejo. Por exemplo, realizar a irrigaçãoe/ou aplicação de defensivos agrícolas em diferentes horários dos usados pelos polinizadores.As plantas que dependem dos visitantes florais para a realização da polinização têm controle limitado sobre o deslocamento polínico devido à presença de muitos fatores, tais como a densidade e a presença de outras espécies floridas (STEPHENSON & BERTIN, 1983). A oferta de alimento no ambiente é de fundamental relevância para os visitantes florais. Uma planta só deverá ser forrageada pelo seu polinizador se o tempo gasto em viagem e extração dos recursos florais for menor que o tempo que ele gastaria se fosse forragear outras espécies de plantas no mesmo habitat (PATON, 1997). Mas, para isso, faz-se necessário condições adequadas de voo para a atividade de forrageamento (SILVEIRA et al, 2002; TEIXEIRA & CAMPUS, 2005). O horário de forrageio, por exemplo, pode ser influenciado pela quantidade de recurso floral disponível (CARVALHO, 2009), e também pela temperatura (IMPERATRIZ – FONSECA et al, 1985) levando a uma redundância na comunidade de visitantes florais.

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