z-logo
open-access-imgOpen Access
OBEDIÊNCIA DISSIMULADA: uma discussão sobre a Alice alternativa de Juliana Horatia Ewing
Author(s) -
Guilherme Magri da Rocha,
Cleide Antonia Rapucci
Publication year - 2021
Publication title -
caderno seminal digital
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1806-9142
DOI - 10.12957/seminal.2021.58087
Subject(s) - humanities , alice (programming language) , art , adventure , philosophy , art history
Os romances Alice’s Adventures in Wonderland (1865) e Through the Looking-Glass and What Alice Found There (1871), ambos de autoria de Lewis Carroll (1831-1898), tiveram êxito estrondoso desde o momento de seu lançamento. Conforme relata Carolyn Sigler (2015), os livros já figuravam entre os favoritos das crianças vitorianas no final do século XIX e, hoje, configuram-se como as obras mais citadas depois da Bíblia e das peças de Shakespeare. Seu sucesso inicial foi imediatamente sucedido por uma diversidade de hipertextos que responderam e celebraram os livros de Carroll. Dentre eles, destaca-se o conto “Amelia and the Dwarfs”, de autoria de Juliana Horatia Ewing (1841-1885) e publicado em 1870, na Aunt Judy’s Magazine, revista dedicada ao público infantil. Este artigo busca fornecer uma possibilidade de leitura dessa obra, sobretudo a partir de seu discurso de duas vozes (GILBERT; GUBAR, 2020): se, superficialmente, a narradora apresenta uma história consonante à moralidade que marcava as histórias infantis da época; numa camada mais profunda, manifesta-se uma protagonista que vence as desventuras através de sua sagacidade e capacidade de dissimulação. Justifica-se esta contribuição a partir dos pressupostos da crítica feminista, que busca redescobrir escritoras não-canônicas e propor novas leituras de textos considerados menores ou de pouca importância na história da literatura (PAUL, 1997).

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here