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Fraturas contemporâneas de histórias indígenas em Belém: sobre mármores e grafites
Author(s) -
Ivânia dos Santos Neves
Publication year - 2020
Publication title -
maracanan/revista maracanan
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2359-0092
pISSN - 1807-989X
DOI - 10.12957/revmar.2020.47606
Subject(s) - humanities , art
Neste artigo, considerando como referência teórico-metodológicas os estudos do discurso fundamentados em Michel Foucault e as definições de dispositivo colonial e etniCidades para compreender os enunciados visuais espraiados nas paisagens de Belém na segunda década do século XXI, que representam diferentes lugares de enunciação sobre a história da cidade e os povos indígenas. Tomo o frontal da Basílica de Nazaré e uma escultura de bronze de um indígena exposta na praça de um bairro nobre da cidade para marcar o discurso da colonização e, em contrapartida, analiso grafites de dois artistas contemporâneos paraenses que retomam a memória indígena de Belém em suas produções e visibilizam a pluralidade étnica da cidade. De certa forma, atualizo a antiga metáfora cunhada pelo Pe. Antônio Vieira, mas agora, em oposição ao mármore, não mais a murta e sim os grafites e sua efemeridade.