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Entre o “milagre econômico” e o “quinquênio de ouro”: análise introdutória dos planos econômicos brasileiro e português (1968-1973)
Author(s) -
Mônica Sarto Piccolo,
Werbeth Serejo Belo
Publication year - 2020
Publication title -
maracanan/revista maracanan
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2359-0092
pISSN - 1807-989X
DOI - 10.12957/revmar.2020.45281
Subject(s) - political science , humanities , art
Este trabalho tem como tema central a análise de uma das formas de organização dos interesses das frações burguesas dirigentes, os planos econômicos. O recorte temporal, 1968-1973, justifica-se por ser este o momento, tanto no Brasil quanto em Portugal, da consolidação de grandes projetos industriais e de intensa defesa do desenvolvimentismo como estratégia de crescimento econômico acelerado. Logo, o objetivo central é analisar de modo comparado os planos econômicos de dois países que receberam alcunhas distintas em um mesmo momento de crescimento econômico com altos índices de investimento e abertura da economia a capitais estrangeiros – guardadas as especificidades. Em Portugal, o governo Caetano ficou conhecido como “os anos dourados do capitalismo português” ou o “quinquênio de ouro”, enquanto o governo Médici, no Brasil, ficou conhecido como um momento de “milagre econômico”. Como objetivo secundário, pretende-se mapear as semelhanças e diferenças do III Plano de Fomento – elaborado em 1967 com metas a serem alcançadas entre os anos de 1968 e 1973 – e o I Plano Nacional de Desenvolvimento (I PND) entre 1972 e 1974. Como ferramenta central de análise, este artigo tem como arcabouço teórico as elaborações de Antonio Gramsci a respeito do Estado, entendido em uma perspectiva ampliada, isto é, as instituições oficiais como o âmbito restrito deste (também nomeada como Sociedade Política) e a Sociedade Civil como aspecto de ampliação da noção de Estado. A hipótese central perpassa pela noção de centralidade do desenvolvimento econômico nos dois países supramencionados como estratégia de promoção do crescimento econômico acelerado com uma argumentação de base social muito forte que, de certa forma, legitimaria o discurso desenvolvimentista.

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